sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Contos da madrugada tardia... A loucura controlada de um feiticeiro...

O momento de metanoia que acompanhou a experiência vivida numa das últimas madrugadas, permite-me ter um olhar diferente sobre o mundo, as suas variantes, as suas gentes, enfim... perceber como tudo se articula em função de uma determinada finalidade.  Foi uma experiência limite, não tanto por ter gerado um grau de conhecimento alternativo, mas, acima de tudo, por me ter permitido conhecer-te de uma forma tão profunda, tão... total... Os teus sonhos... os teus temores... os teus desejos... as tuas dores... as tuas dúvidas... Foi fascinante poder sentir-te sem apelar aos órgãos dos sentidos... poder ver-te sem olhar... poder escutar-te sem ouvir... poder tocar-te sem contacto... poder amar-te sem barreiras... foi... isso mesmo... fascinante. No entanto eu não quero possuir informação privilegiada sobre ti... Eu não quero viver numa dupla dimensão do saber. Por fascinante que tenha sido, e foi, eu não quero saber essa verdade. A verdade é aquilo que eu vejo e aquilo que tu, eventualmente, me digas. A verdade és tu.  Enquanto cá estiveres (mos) quero apenas saber do teu ser mundano... simples... linda... mágica... deslumbrante... Por essa razão, todo o saber que adquiri nesta experiência vou ter que o encerrar, para sempre, nos espaços longínquos e proibidos da memória. Vou assumir, na primeira pessoa,  uma passagem de  Carlos Castaneda, em Uma Estranha Realidade: "É possível insistir, insistir realmente, mesmo sabendo que o que se está a fazer é inútil; mas primeiro temos que saber que os nossos atos são inúteis e, no entanto, temos que proceder como se não o soubéssemos. É esta a loucura controlada de um feiticeiro."
18/7/12
PS: Este conto remete para  experiência revelada em "Tu... absolutamente... Tu..."

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