O almoço deste terceiro dia, nos Bombeiros Voluntários de Pernes, tem hora marcada pelo que não podemos facilitar no tempo de chegada ao local. Nada que nos obrigue a algum tipo de marcha forçada. Partir cedo tem a vantagem de nos permitir gerir o tempo e o esforço, de modo a cumprir os timings previamente delineados pela organização. Atravessamos Torre do Bispo a meio da manhã quando a temperatura solar vai atingindo alguma intensidade e os seus efeitos se começam a a repercutir no nosso organismo. Torna-se então necessária a ingestão mais amiúde de líquidos, de preferência água, e nutrientes sólidos que reponham a energia perdida e o mantenham (ao organismo) num registo adequado ao contínuo esforço que lhe vai sendo exigido. É uma altura do dia em que nenhum de nós está propriamente fresco. O acumular dos quilómetros pesa a todos. As pequenas mazelas, se não tiverem sido devidamente tratadas já se transformaram em médias e ameaçam agigantar-se... Há que ignorá-las... ignorar o incómodo... a dor... e seguir em frente até ao próximo tempo de descanso que, com certeza, não tardará... Entre essas mazelas creio que a mais incomodativa, mediando entre a dor e o trauma, são as assaduras na zona interior das coxas. A maior parte dos cavalheiros, de uma forma mais ou menos intensa, já passou por esta experiência... nada agradável... Vem-me à memória o ano de 2011 quando este problema afetou Luís Barrento com tal gravidade que toda a sua roupa envolvente estava completamente ensopada em sangue... Só ele mesmo sabe o que sofreu... em silêncio...
Sem comentários:
Enviar um comentário