A cidade do Cartaxo é local de paragem habitual para o nosso grupo de peregrinos. Nesta cidade ribatejana é possível, não só recuperar algumas forças e tratar uma ou outra mazela (com a possibilidade de uma ida à farmácia) como (mais uma vez) aconchegar o estômago. Este ano, após o período de repouso, aproveitámos a paragem, sempre mais prolongada que as anteriores, para rezar o terço na igreja local.
Depois de supridas as necessidades físicas e espirituais regressámos à estrada para a parte final da etapa da manhã. É um percurso relativamente plano, com alguns momentos de descida suave, que serão compensados na parte da tarde com a subida até Santarém. Nesta altura, já manhã avançada, deixamos correr os quilómetros, um atrás do outro, cada qual recolhido na sua intimidade, trabalhando interiormente a sua própria espiritualidade e as motivações profundas que nos levam, ano após ano, a abandonar um status quo, normalmente associado a uma zona de conforto, e a partir, estrada fora, em busca daquele espaço interior onde o divino se insinua, se esboça, se afirma...
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