quarta-feira, 18 de junho de 2014

Peregrinação a Fátima 2014 - Primeiro dia - V

Entre Vila Franca e Castanheira do Ribatejo medeiam cerca de 10 quilómetros que são cumpridos com alguma ligeireza. O terreno não apresenta grandes desníveis, a temperatura continua agradável e a perspetiva de uma refeição quente e saborosa são fatores que contribuem para que a dupla légua seja percorrida sem grandes problemas.
O grupo era, agora, constituído por cerca de 40 elementos, o que, naturalmente, aumentou a sua heterogeneidade, em múltiplos aspetos, como, por exemplo, em termos de ritmo. Todavia tal não se sentiu durante este pequeno percurso. Foi tempo para trocar as primeiras impressões com velhos conhecidos, relembrar episódios de outros tempos, ou, simplesmente desfrutar a paisagem que nos envolvia. 
Há, sempre, no ambiente que nos rodeia, algo cuja simplicidade é de tal forma, sublime, de tal forma eloquente,  sobre a expressividade de Deus no mundo, que nos surpreende... nos espanta... nos assombra. Creio que um dos seres animados, através do qual Deus procurou transmitir à Criação um dos seus atributos, um dos seus transcendentais (como escreveu São Tomás de Aquino), foram as flores. Um olhar atento... não só com os olhos da face, mas, também, com os olhos do coração, permite-nos perceber que uma flor... qualquer flor... da mais bela rosa à  mais tímida begónia... abre-nos a porta de um desses atributos divinos... à Sua Beleza...  Esta, como refere São Tomás, pressupõe integridade... harmonia... esplendor... atributos essenciais do Filho... Que outro ser à face da Terra consegue reunir, em si mesmo, estas três características...? 




















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