Depois da eucaristia almoçámos, como habitualmente, no Restaurante Coimbra, cujo serviço prima pela qualidade e pela simpatia. À diversidade de pratos, confecionados com um toque da gastronomia regional, junta-se o atendimento personalizado que faz que cada um de nós sinta vontade de lá voltar numa próxima oportunidade. Após o repasto, alguns momentos de descanso e relaxamento, no pequeno jardim do outro lado da rua, para nos prepararmos para a jornada da tarde...
Esta inciou-se pouco depois, com tempo fresco e alguma chuva miudinha que já nos acompanhara, a espaços, desde manhã, e teimava em nos afagar suavemente o rosto. Nossa Senhora procurava evitar a canícula dos dois últimos anos e continuava a espargir-nos com a sua bênção. Nada que obrigasse a grandes resguardos. A tarde deste primeiro dia reservou-nos uma longa caminhada, entre Castanheira e a Azambuja. Na realidade parece mais longa do que é. Iniciámos o percurso por estradas secundárias, estreitas e intermináveis, que, de certa forma, nos enclausuraram dentro do seu limitado espetro visual... São estradas rurais com espaço para pouco mais do que duas viaturas em sentidos opostos, o que obriga a que a fila indiana seja obrigatória durante quase todo o percurso. Longas retas que se sucedem a longas retas... e antecedem... longas retas... Alcatrão e mais alcatrão... À esquerda e à direita o retrato do país rural, interior... um país em decadência... Campos abandonados... terra férteis... por cultivar... Herdades prósperas... noutras eras... noutros tempos... Nos tempos em que o sonho se desenhava na ponta da espiga e era preenchido por pastos repletos de gado onde uma enorme prole aprendia os primeiros passos da ordenha. Nos tempos em que o sonho não permitia que os filhos emigrassem para as cidades... para não mais voltarem... O sonho... O sonho já não é o que era... ou é...? A propósito de sonho... Será que já estamos quase na Azambuja...? Já estamos a andar à tanto tempo... Estamos a chegar ao final desta reta... deve ser já a seguir àquela curva... Não... outra reta ainda... mais longa que a anterior... ou será impressão minha...? O cenário não muda... Alcatrão... campos por cultivar... Ouvem-se as vozes dos Caminhantes, partilhando experiências, relembrando histórias, perguntando...
"- Ainda falta muito para Vila Nova da Rainha...?"
"- Ah.. ah... ah... Vila Nova da Rainha Ainda falta um bom bocado... Não me doa a cabeça até chegarmos lá..."
Vila Nova da Raínha... traz-me algumas recordações à memória. Foi onde, o ano passado, uma simpatiquíssima moçoila me pediu um euro por uma maçã... Recusei... claro... e paguei caro por isso... Nunca mais me lembrei de que precisava de comer e custou-me a primeira hipoglicemia da vida... Nada agradável por sinal...Valeu-me o chão gelado do refeitório do Centro Social da Azambuja e as senhoras que lá trabalham e me deram logo duas taças de um delicioso arroz doce... nham... nham... que normalmente estou proibido de comer... Se tivesse forças, na altura, teria sugerido que se o arroz doce fosse acompanhado por uma ou duas taças de mousse de chocolate com noz... nham... nham... nham.. me recomporia mais rapidamente... mas estava demasiado fraco para fazer qualquer sugestão... e troquei a mousse pelo chão gelado... Nunca um chão me soube tão bem...
Um euro por uma maçã... daria um bom título para um livro... ou um filme... A única maçã pela qual daria um euro seria aquela que a serpente ofereceu a Eva no Paraíso Bíblico... Quem sabe se... Consta que era daquelas vermelhuscas, reluzentes, suculentas... Até por metade dessa maçã dava um euro... cinco... cem euros... Nestes momentos em que o alcatrão se repete a cada passo e Vila Nova da Rainha não surge no horizonte... vem-me à ideia a possibilidade de Deus, num momento de pura lucidez pensar em criar um Universo paralelo... para o qual seria necessário um novo Paraíso... Nesse sentido, Deus, perguntar-me-ia se eu não estaria interessado em ser o novo Adão...
- Oba... O novo Adão...? (ora deixe-me pensar... Vejamos... ambiente paradisíaco... frutos maravilhosos... deixo de ser diabético... por isso... posso comer diospiros... mangas... laranjas... frutos de todas as espécies... poderei mergulhar em praias maravilhosas e explorar os mares de coral... olhar a lua em todo o seu explendor... uauuu... pois... mas ao fim de uma semana tanta maravilha junta torna-se monótona... A não ser que eu dê uma palavrinha à serpente... Para ver se ela atua com rapidez... Se soubesse o telemóvel dela até lhe dava já uma dica... mas no Novo Paraíso não deve haver telemóveis... É capaz de não haver rede... Ponho-me à coca junto à Árvore da Sabedoria... a ver se a convençoa a atuar com rapidez sobre a nova Eva... Nova Eva...? Alto... Há aqui um pormenor que tem que ser esclarecido...) Com certeza que sim meu Deus... apenas com uma pequeníssima condição...
- Não há condições... Ou sim... ou sopas...
- Apenas uma... O que é uma condição no seio de um Universo em constante mutação...? Não Vos custará nada com certeza...
- Que condição é essa?
- Poder escolher a nova Eva...
- Deves estar febril... A nova Eva é construída a partir de uma costela tua, ou já esqueceste Genesis II, 21, 22?
- E vai deixar que o novo Paraíso fique impregnado do cheiro a costeleta de porco grelhada...? Não... Não me parece bem... É indigno de um novo Paraíso...
- Tu ainda és mais parvo do que pareces... Não necessito de grelhar a tua costela. Faço emergir a nova Eva a partir da minha infinita sabedoria.
- Pois... mas, assim não estou interessado...
- (Onde é que eu errei para ter criado um palerma destes?) Então diz-me lá quem é que querias que fosse a nova Eva?
- Não tenho ainda a certeza... apenas um pequeno palpite... que não lhe posso dizer em público como é evidente...
- Se não me vais dizer como queres que pense nessa possibilidade...?
- Deixe-me pensar... Ora... entre biliões de novas Evas possíveis, creio que escolherei ...
- E achas que essa senhora estará de acordo...?
- Pois... esse é outro problema... estará quase de acordo... Faltará... apenas... um pequeno detalhe...
- Um pequeno detalhe... Sabes que não me inspiras confiança nenhuma? Começo a achar que tens cara de intrujão...
- Eeeuuuu...? Nã... Poucochinho... Jamais seria capaz de uma malvadez dessas...
- Que detalhe é esse...?
- É um detalhe sem grande importância... facílimo de pôr em prática... Necessito... apenas... que Vós, na Vossa infinita sabedoria façais com a nova Eva perceba as minhas extraordinárias qualidades...
- Quais...?
- Como "Quais"? Então não são evidentes...?
- Não... por acaso não são nada evidentes... Deixa-me pôr os óculos... Pode ser que...
- Óculos... Meu Deus... Para quê óculos...? Então não se vê tão bem a olho nu? Olhe bem para mim... repare... em toda esta panóplia de qualidades pessoais, profissionais, intelectuais, morais, sensoriais, extra-sensorais, plurais e muitas mais... que existem dentro de mim...
- Essas não consigo ver... Dá-me exemplos de qualidades que possas ter... mais...
- Como "mais"...? Estas são tão evidentes...
- Não... Qualidades nem vê-las... e extraordinárias então... nem de longe...
- Creio que estejais a necessitar de umas lentes novas... Mas... pelo menos... pudestes verificar que estão cá em potência...?
- Em potência...? Também não... Se as tens devem estar muito bem escondidas... Deixa-me consultar o Livro da Vida para saber o que a eventual nova Eva pensa de ti...
- Livro da Vida... O que a nova Eva pensa...? Não... Não... Não é uma boa ideia... Deixe-me ser eu a dar uma olhadela no Livro... Depois digo-lhe... o que ela pensa... (aliás... quem sabe se não consigo rescrever o que ela pensa... e sente...)
- Tira as manápulas daqui... Nem penses em tocar no Livro da Vida com essas mãos pecadoras...
- Posso pelo menos dar uma espiadinha...?
- Nep... O que é que estás a fazer com essa caneta de tinta indelével na mão...?
- Caneta...? Eu... indelével...? Onde... ? ah ah ah... olha uma caneta na minha mão... ah ah ah... A caneta nem era de tinta... Ou melhor era... mas não era caneta... Ou seja a caneta não era caneta... era indelével... Aliás nem sei como apareceu neste cenário... Quem diria que tinha uma caneta na mão...?
- Estavas a querer enganar-me... a mim que sou o teu Deus...?
- Eu? Não... poucochinho... estava apenas a querer escrever: Finalmente chegámos a Vila Nova da Rainha.
Esta inciou-se pouco depois, com tempo fresco e alguma chuva miudinha que já nos acompanhara, a espaços, desde manhã, e teimava em nos afagar suavemente o rosto. Nossa Senhora procurava evitar a canícula dos dois últimos anos e continuava a espargir-nos com a sua bênção. Nada que obrigasse a grandes resguardos. A tarde deste primeiro dia reservou-nos uma longa caminhada, entre Castanheira e a Azambuja. Na realidade parece mais longa do que é. Iniciámos o percurso por estradas secundárias, estreitas e intermináveis, que, de certa forma, nos enclausuraram dentro do seu limitado espetro visual... São estradas rurais com espaço para pouco mais do que duas viaturas em sentidos opostos, o que obriga a que a fila indiana seja obrigatória durante quase todo o percurso. Longas retas que se sucedem a longas retas... e antecedem... longas retas... Alcatrão e mais alcatrão... À esquerda e à direita o retrato do país rural, interior... um país em decadência... Campos abandonados... terra férteis... por cultivar... Herdades prósperas... noutras eras... noutros tempos... Nos tempos em que o sonho se desenhava na ponta da espiga e era preenchido por pastos repletos de gado onde uma enorme prole aprendia os primeiros passos da ordenha. Nos tempos em que o sonho não permitia que os filhos emigrassem para as cidades... para não mais voltarem... O sonho... O sonho já não é o que era... ou é...? A propósito de sonho... Será que já estamos quase na Azambuja...? Já estamos a andar à tanto tempo... Estamos a chegar ao final desta reta... deve ser já a seguir àquela curva... Não... outra reta ainda... mais longa que a anterior... ou será impressão minha...? O cenário não muda... Alcatrão... campos por cultivar... Ouvem-se as vozes dos Caminhantes, partilhando experiências, relembrando histórias, perguntando...
"- Ainda falta muito para Vila Nova da Rainha...?"
"- Ah.. ah... ah... Vila Nova da Rainha Ainda falta um bom bocado... Não me doa a cabeça até chegarmos lá..."
Vila Nova da Raínha... traz-me algumas recordações à memória. Foi onde, o ano passado, uma simpatiquíssima moçoila me pediu um euro por uma maçã... Recusei... claro... e paguei caro por isso... Nunca mais me lembrei de que precisava de comer e custou-me a primeira hipoglicemia da vida... Nada agradável por sinal...Valeu-me o chão gelado do refeitório do Centro Social da Azambuja e as senhoras que lá trabalham e me deram logo duas taças de um delicioso arroz doce... nham... nham... que normalmente estou proibido de comer... Se tivesse forças, na altura, teria sugerido que se o arroz doce fosse acompanhado por uma ou duas taças de mousse de chocolate com noz... nham... nham... nham.. me recomporia mais rapidamente... mas estava demasiado fraco para fazer qualquer sugestão... e troquei a mousse pelo chão gelado... Nunca um chão me soube tão bem...
Um euro por uma maçã... daria um bom título para um livro... ou um filme... A única maçã pela qual daria um euro seria aquela que a serpente ofereceu a Eva no Paraíso Bíblico... Quem sabe se... Consta que era daquelas vermelhuscas, reluzentes, suculentas... Até por metade dessa maçã dava um euro... cinco... cem euros... Nestes momentos em que o alcatrão se repete a cada passo e Vila Nova da Rainha não surge no horizonte... vem-me à ideia a possibilidade de Deus, num momento de pura lucidez pensar em criar um Universo paralelo... para o qual seria necessário um novo Paraíso... Nesse sentido, Deus, perguntar-me-ia se eu não estaria interessado em ser o novo Adão...
- Oba... O novo Adão...? (ora deixe-me pensar... Vejamos... ambiente paradisíaco... frutos maravilhosos... deixo de ser diabético... por isso... posso comer diospiros... mangas... laranjas... frutos de todas as espécies... poderei mergulhar em praias maravilhosas e explorar os mares de coral... olhar a lua em todo o seu explendor... uauuu... pois... mas ao fim de uma semana tanta maravilha junta torna-se monótona... A não ser que eu dê uma palavrinha à serpente... Para ver se ela atua com rapidez... Se soubesse o telemóvel dela até lhe dava já uma dica... mas no Novo Paraíso não deve haver telemóveis... É capaz de não haver rede... Ponho-me à coca junto à Árvore da Sabedoria... a ver se a convençoa a atuar com rapidez sobre a nova Eva... Nova Eva...? Alto... Há aqui um pormenor que tem que ser esclarecido...) Com certeza que sim meu Deus... apenas com uma pequeníssima condição...
- Não há condições... Ou sim... ou sopas...
- Apenas uma... O que é uma condição no seio de um Universo em constante mutação...? Não Vos custará nada com certeza...
- Que condição é essa?
- Poder escolher a nova Eva...
- Deves estar febril... A nova Eva é construída a partir de uma costela tua, ou já esqueceste Genesis II, 21, 22?
- E vai deixar que o novo Paraíso fique impregnado do cheiro a costeleta de porco grelhada...? Não... Não me parece bem... É indigno de um novo Paraíso...
- Tu ainda és mais parvo do que pareces... Não necessito de grelhar a tua costela. Faço emergir a nova Eva a partir da minha infinita sabedoria.
- Pois... mas, assim não estou interessado...
- (Onde é que eu errei para ter criado um palerma destes?) Então diz-me lá quem é que querias que fosse a nova Eva?
- Não tenho ainda a certeza... apenas um pequeno palpite... que não lhe posso dizer em público como é evidente...
- Se não me vais dizer como queres que pense nessa possibilidade...?
- Deixe-me pensar... Ora... entre biliões de novas Evas possíveis, creio que escolherei ...
- E achas que essa senhora estará de acordo...?
- Pois... esse é outro problema... estará quase de acordo... Faltará... apenas... um pequeno detalhe...
- Um pequeno detalhe... Sabes que não me inspiras confiança nenhuma? Começo a achar que tens cara de intrujão...
- Eeeuuuu...? Nã... Poucochinho... Jamais seria capaz de uma malvadez dessas...
- Que detalhe é esse...?
- É um detalhe sem grande importância... facílimo de pôr em prática... Necessito... apenas... que Vós, na Vossa infinita sabedoria façais com a nova Eva perceba as minhas extraordinárias qualidades...
- Quais...?
- Como "Quais"? Então não são evidentes...?
- Não... por acaso não são nada evidentes... Deixa-me pôr os óculos... Pode ser que...
- Óculos... Meu Deus... Para quê óculos...? Então não se vê tão bem a olho nu? Olhe bem para mim... repare... em toda esta panóplia de qualidades pessoais, profissionais, intelectuais, morais, sensoriais, extra-sensorais, plurais e muitas mais... que existem dentro de mim...
- Essas não consigo ver... Dá-me exemplos de qualidades que possas ter... mais...
- Como "mais"...? Estas são tão evidentes...
- Não... Qualidades nem vê-las... e extraordinárias então... nem de longe...
- Creio que estejais a necessitar de umas lentes novas... Mas... pelo menos... pudestes verificar que estão cá em potência...?
- Em potência...? Também não... Se as tens devem estar muito bem escondidas... Deixa-me consultar o Livro da Vida para saber o que a eventual nova Eva pensa de ti...
- Livro da Vida... O que a nova Eva pensa...? Não... Não... Não é uma boa ideia... Deixe-me ser eu a dar uma olhadela no Livro... Depois digo-lhe... o que ela pensa... (aliás... quem sabe se não consigo rescrever o que ela pensa... e sente...)
- Tira as manápulas daqui... Nem penses em tocar no Livro da Vida com essas mãos pecadoras...
- Posso pelo menos dar uma espiadinha...?
- Nep... O que é que estás a fazer com essa caneta de tinta indelével na mão...?
- Caneta...? Eu... indelével...? Onde... ? ah ah ah... olha uma caneta na minha mão... ah ah ah... A caneta nem era de tinta... Ou melhor era... mas não era caneta... Ou seja a caneta não era caneta... era indelével... Aliás nem sei como apareceu neste cenário... Quem diria que tinha uma caneta na mão...?
- Estavas a querer enganar-me... a mim que sou o teu Deus...?
- Eu? Não... poucochinho... estava apenas a querer escrever: Finalmente chegámos a Vila Nova da Rainha.
Vila Nova da Rainha, terra onde, segundo a história, em 1376, D. Nuno Álvares Pereira, o Santo Condestável, casou com Dª Leonor de Alvim...Uma paragem para descansar e reagrupar. Ao longo da tarde o grupo fracionou-se... algo que sucede normalmente, quer pela diferente capacidade física de cada um dos Caminhantes, quer pelo entusiasmo das senhoras que vão na cabeça do grupo, Dª Teresa e Dª Marília que o Sr. Luís vai sempre tentando refrear, quer ainda pelas diferentes vicissitudes que vão acontecendo, como a necessidade urgente de ir ao toilete geral o que obriga os condutores do carro-vassoura, Dª São e o Sr. Fernando, a esperarem pelo (s) Caminhante (s) retardatário (s)... Os 15 minutos aproveitam-se para recuperar, beber ou comer qualquer coisa, satisfazer uma qualquer outra necessidade... enfim... os 15 minutos já passaram e estamos novamente na estrada... na longa estrada que nos leva ao destino...
A estrada é já mais larga, abre novos horizontes visuais, ainda que aquele que nos interesse mais continue fora desse alcance... Alcatrão e mais alcatrão... passo a passo vai sendo percorrido por todos nós... É já ali a seguir à rotunda... não esta rotunda mas a próxima... ou a outra... é a seguir a uma rotunda... disso tenha a certeza... Não, não, não me estou a referir ao Centro Social da Azambuja onde vamos pernoitar. Refiro-me ás bombas de gasolina, última paragem antes da Azambuja... que são já ali... ali... ali mesmo á frente... vejam já se vê o símbolo da Galp... mas antes... temos mais uma reta... e outra... e outra rotunda... agora é que é... mais trezentos metros e já lá estamos... Que bem que sabe sentar-me... A distância entre as bombas de gasolina e o Centro Social é curta... para quem já fez o percurso. Para quem o faz pela primeira vez... há que desconfiar... depois de tanta estrada... mas sim... desta vez é mesmo... já ali...
A estrada é já mais larga, abre novos horizontes visuais, ainda que aquele que nos interesse mais continue fora desse alcance... Alcatrão e mais alcatrão... passo a passo vai sendo percorrido por todos nós... É já ali a seguir à rotunda... não esta rotunda mas a próxima... ou a outra... é a seguir a uma rotunda... disso tenha a certeza... Não, não, não me estou a referir ao Centro Social da Azambuja onde vamos pernoitar. Refiro-me ás bombas de gasolina, última paragem antes da Azambuja... que são já ali... ali... ali mesmo á frente... vejam já se vê o símbolo da Galp... mas antes... temos mais uma reta... e outra... e outra rotunda... agora é que é... mais trezentos metros e já lá estamos... Que bem que sabe sentar-me... A distância entre as bombas de gasolina e o Centro Social é curta... para quem já fez o percurso. Para quem o faz pela primeira vez... há que desconfiar... depois de tanta estrada... mas sim... desta vez é mesmo... já ali...
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