segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Noites de Navrati 2019 - III

Este artigo visa divulgar o terceiro conjunto de imagens relativas às Noites de Navrati. Continuando o nosso périplo pelas nove noites e pelas manifestações de Durga a elas associadas, a terceira noite (Tritya) é dedicada a Chandraghanta, cujo nome resulta da combinação das palavras Chandra (meia-lua) e Ghanta (sino). Chandraghanta é dotada de uma enorme bravura que lhe permite enfrentar os demónios e vencê-los. Por isso mesmo traz paz e prosperidade  para os seus devotos. É normalmente representada montando um tigre (algumas tradições referem que é um leão e não um tigre). Tem 10 braços, alguns armados e apenas uma das mãos da deusa está livre. É curioso como parece haver uma contradição na composição do nome de Chandraghanta. Como é que uma meia lua tem a forma de um sino? Só "sabemos" que é uma meia lua se tiver a forma de uma meia lua... logo... se tem a forma de um sino... não é uma meia lua... é um sino... 
A resposta está, não na representação pictórica, mas na nossa capacidade mental de deixarmos cair os princípios da dialética e da lógica formal  (identidade, não contradição e terceiro excluído) e percebermos que um sino pode, simultaneamente, ser e não ser sino... logo uma meia lua pode ser... no mesmo momento... um sino...
A quarta noite (Chaturthi) é dedicada a Kushmanda. Esta manifestação de Durga é considerada a criadora do Universo pois foi a sua luz que se propagou sobre o vazio pleno da treva pré-Criação. É representada montando um tigre. Tem oito mãos, todas elas ocupadas... O seu nome resulta da combinação de três palavras Ku (um pouco) Ushma (calor) Anda (ovo cósmico). 
























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