domingo, 19 de outubro de 2014

Festas em Honra de Nossa Senhora da Saúde 2014 - Domingo - Missa Campal

No Domingo de manhã, no recinto do Santuário, decorreu a Missa Campal presidida pelo Sr. Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, cuja homilia incidiu sobre o significado da saúde como Salvação. Citando o episódio bíblico da visita de Maria a Isabel (Lucas 1, 39-56) para a acompanhar no nascimento de João Batista, o Sr. Cardeal relembrou que a missão de Maria para com Isabel é a nossa missão para com o próximo e com o mundo. Maria, tocada pela graça divina, alcançou o sentido pleno e total do conceito de saúde como Salvação e é isso que Ela nos procura transmitir, uma vez que, nos dias de hoje, tal só pode acontecer através de nós. Esta metamorfose que, interiormente, se vai operando em cada um, não se pode resumir a uma atividade solipsista e meramente meditativa/contemplativa, mas através de uma relação com o próximo, nomeadamente com aqueles que mais necessitam... os mais carenciados, os mais desprotegidos, os abandonados, os esquecidos...  Ao fazê-lo estamos a oferecer o espirito de Deus, e de Maria, ao mundo. Neste âmbito D. Manuel Clemente referiu a necessidade de uma interação mais próxima, mais assertiva e mais afetiva para com as pessoas de idade mais avançada, pois elas são um bem para todos, pela memória que cultivam, pela sabedoria que transmitem, pelo sentimento que partilham.
"O amor tem pressa em se fazer sentir", afirmou o Sr. Cardeal Patriarca,  por isso Maria se deslocou "apressadamente" da Galileia à Judeia para acompanhar Isabel. Não se refugiou no facto de estar de esperanças e de transportar no seu ventre o Filho de Deus. Tocada pela graça divina obedeceu, imediatamente, e sem hesitar, ao impulso que o seu coração recebeu. Abandonou o conforto do lar e percorreu, com alegria, o caminho que lhe era indicado, cumprindo, assim, a missão que lhe estava destinada.
"O amor tem pressa em se fazer sentir" razão pela qual não devemos adiar o impulso que sentimos no coração, e que nos convida a visitar o doente, a ajudar o deserdado, a apoiar o idoso, a pedir perdão a quem magoámos, a perdoar a quem nos ofendeu, a acarinhar o maltratado...
"O amor tem pressa em se fazer sentir"... A vida é efémera... Todos os momentos se esgotam no instante que passa... São cada vez menos os que me restam para cumprir a missão que me foi destinada. Creio que chorarei uma lágrima eterna se, quando partir, algo tiver ficado por fazer... e por dizer... Chorarei uma lágrima eterna se não tiver auxiliado todos os que necessitavam... Chorarei uma lágrima eterna se não tiver pedido perdão a todos os que ofendi... Chorarei uma lágrima eterna se não me tiver unido ao mundo num abraço fraternal... Chorarei uma lágrima eterna se não tiver tido a capacidade... ou a oportunidade... de lhe dizer o quanto a amo... O amor tem pressa em se fazer sentir...


































































3 comentários:

  1. Eu bem sabia que havia um amorzinho aí bem escondido no seu coração. Vou dar-lhe um conselho. Para nós mulheres, não existem oportunidades perfeitas para ouvirmos palavras de amor. Todas são perfeitas, por isso a oportunidade perfeita é a próxima. Deixe o seu coração falar por si.

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  2. Boa noite Dª Isabel. O seu comentário teve o condão de me fazer sorrir. A senhora tem uma perspicácia notável, mas... desta vez creio que a induzi em erro. A parte final do texto foi escrita muito tarde, e, por isso, talvez já me faltasse alguma lucidez. O que eu quis dizer, ou melhor escrever, foi que, no momento de partir, se o meu coração bater desordenadamente por alguém, gostaria de ter tido a capacidade e a oportunidade de o ter dito a essa pessoa. Ou seja, escrevi no presente aquilo que devia ter escrito no condicional. Foi apenas um erro no tempo verbal.
    Em todo o caso, como não sou muito forte em psicologia feminina, vou registar o seu conselho e, se for caso disso, farei uso dele.
    Com os melhores cumprimentos

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    1. Pois, pois, o condicional e o tempo verbal. E eu sou a Cinderela...

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