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domingo, 21 de julho de 2013
Peregrinação a Fátima 2013 - Quinto dia - III
Este artigo visa divulgar um terceiro conjunto de imagens dos peregrinos de Sacavém ao longo da Via Sacra, em Fátima.
sexta-feira, 19 de julho de 2013
Peregrinação a Fátima 2013 - Quinto dia - II
Este artigo visa divulgar um segundo conjunto de imagens dos peregrinos de Sacavém ao longo da Via Sacra, em Fátima.
segunda-feira, 15 de julho de 2013
Peregrinação a Fátima 2013 - Quarto dia - V
A distância entre o Covão do Coelho e Fátima percorre-se em menos de nada. Hora e meia... talvez duas horas... que passam sem se dar verdadeiramente por isso. Naturalmente que a premissa inicial se mantém... Quem tem problemas físicos vai ter que os continuar a gerir e o sofrimento que a eles está associado... Mas, nesta altura, até esse sofrimento passa para segundo plano... Eu, por exemplo, apanhei uma "boleia" com o Sr. Sousa Pais e, sem darmos por isso, chegámos a Fátima... Pela parte que me toca não dei nem pelo joelho nem pelo pé... Foi sempre a rolar... A descontração é quase total entre os Caminhantes que, entretanto, receberam a companhia de outros que, por diferentes razões, apenas nesta altura se juntaram ao grupo... Conversa-se... trocam-se opiniões... relembram-se outros momentos e outros tempos... É já ali à frente... não exatamente ali... Um pouco mais para lá... Isso... Já aí... Passamos o Valinho de Fátima... e muitos de nós não reparamos sequer na placa indicativa da chegada à cidade... Quando damos por isso já estamos na Rotunda dos Pastorinhos... a aguardar que todo o grupo se reúna .. A partir daqui formamos uma coluna a dois e seguimos em silêncio até ao Santuário... Pessoalmente preferia que a coluna fosse entoando cânticos de louvor a Nossa Senhora... mas compreendo que sem antes terem sido ensaiados, possam não correr muito bem... Sim... provavelmente, o silêncio é a melhor opção... Cada um dos Caminhantes aproveita esse silêncio para, ao longo do caminho até ao Santuário, iniciar um momento de recolhimento, meditação e oração em harmonia espiritual plena com a Senhora de Fátima... Este momento, todo ele esboçado no âmbito da crença, da fé, da afirmação de sentido, varia, naturalmente, de pessoa para pessoa, e depende do tipo de relacionamento interior que cada um tem com Nossa Senhora... Não posso, por isso mesmo, alongar-me sobre este ponto... Não posso escrever por nenhum de vós... pelo sentimento que vos anima... pela alegria que vos invade... pela emoção que vos domina... Poderia, isso sim, dissertar sobre a minha própria experiência... o que não me parece fazer muito sentido neste momento... Vou ficar em silêncio... não perturbando a vossa caminhada e esse momento tão íntimo de comunhão com Nossa Senhora... Com a câmara na mão vou acompanhando a descida da ladeira... a chegada ao Santuário... e o ponto alto desta jornada que se iniciou há alguns dias atrás em Sacavém... a colocação de uma flor, não numa qualquer floreira... mas no próprio regaço da Mãe de Deus... no seu regaço alvo... santo... imaculado... Um por um... cada um de vós entrega à Senhora a sua flor... e, com ela, toda uma vida... todo um mundo... todo um universo de ternura... de esperança... de redenção... Sinto um turbilhão de emoções a percorrer cada um de vós... emoções há tanto tempo contidas... abafadas... recalcadas... que arrasam todos os diques racionais que as contiveram... e explodem num clímax emocional irreprimível... Não quero ser engolido por essa torrente... Não sou muito forte a gerir emoções... por isso agradeço que se despachem... não quero... não... não quero... Certo Sr. Fernando... Claro que tem também que colocar a flor... Já está... Colocadas as flores o grupo reúne-se, pela última vez, em frente ao Santuário, cumprimentando-se, agradecendo a companhia uns dos outros e, nesses momentos, (desculpem mas vou repetir o que escrevi o ano passado porque me parece que só isso faz sentido)... lágrimas de cristal rolam pelo rosto de cada um dos Caminhantes... Eu... não sou muito bom a gerir emoções... Por isso... vou-me afastar um pouco... subir aquela colina... Prefiro chorar sozinho...
PS: Por questões técnicas não pude fotografar na parte da tarde pelo que as fotos deste artigo são ainda da parte da manhã, até ao almoço...
PS1: O primeiro vídeo, em alguns momentos, perde nitidez, perde foco... Na altura não dei por isso... as minha desculpas a quem ficou desfocado.
PS: Por questões técnicas não pude fotografar na parte da tarde pelo que as fotos deste artigo são ainda da parte da manhã, até ao almoço...
PS1: O primeiro vídeo, em alguns momentos, perde nitidez, perde foco... Na altura não dei por isso... as minha desculpas a quem ficou desfocado.
sábado, 13 de julho de 2013
Peregrinação a Fátima 2013 - Quarto dia - IV
Passado o Vale Alto, pequeno lugarejo do concelho de Minde, eis-nos a chegar ao Covão do Coelho onde, ao contrário do ano passado, entrámos, diretamente, quase sem parar, para a sala de refeições. Não ouve tempo para uma da mais ancestrais formas de interação com o divino e que, ao contrário de outras confissões religiosas, como o hinduísmo, tem sido, se não reprimida, pelo menos esquecida, do âmbito das expressões de religiosidade predominantes das sociedades ocidentais. Quiçá pela cada vez maior tendência em confundir sensualidade com sexualidade, a dança não é, nos dias de hoje, um tipo de expressão que esteja integrada nas formas mais tradicionais do Cristianismo, nomeadamente o catolicismo. Na verdade, a dança, em si mesma, na sua raiz mitológica, nos tempos promordiais, em que a interação com o divino (antes deste se ter retirado para regiões remotas e inacessíveis) era uma manifestação de pura sensualidade, no seu sentido mais originário, expressava-se através de um diálogo intimista que se manifestava e experienciava, também, através dos sentidos. Creio que essa experienciação da divindade, pelo homem primitivo, se situava ao nível do que poderíamos chamar de private dancer, não no sentido em que segue a letra espetacularmente interpretada por Tina Turner (e que sendo profunda tal como é, podia ter seguido no sentido que sugiro), mas no que mais tarde o próprio Cristianismo veio adotar como um dos seus alicerces, através das palavras de Maria: "Faça-se em mim segundo a Vossa vontade".
Neste momento vejo um braço no ar, de um dos Caminhantes que, a esta distância, a minha vista cansada não consegue identificar, e que me grita:
- Isso que acabou de escrever não é verdade!!! Nós dançámos antes de nos voltarmos a fazer à estrada...
Sem dúvida caro Caminhante... e o espírito com certeza que foi o que procurei acima desvelar... no entanto... a interação com o divino, através da dança, como através de qualquer tipo de oferenda... consuma-se... antes da refeição...
Neste momento vejo um braço no ar, de um dos Caminhantes que, a esta distância, a minha vista cansada não consegue identificar, e que me grita:
- Isso que acabou de escrever não é verdade!!! Nós dançámos antes de nos voltarmos a fazer à estrada...
Sem dúvida caro Caminhante... e o espírito com certeza que foi o que procurei acima desvelar... no entanto... a interação com o divino, através da dança, como através de qualquer tipo de oferenda... consuma-se... antes da refeição...
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