quinta-feira, 15 de março de 2018

Procissão da Santa Cruz 2018

Decorreu, no passado dia 11, na Catedral de São Martinho de Dume, a Procissão da Santa Cruz. Esta cerimónia, liderada pelo Metropolita Ortodoxo João I,  visa homenagear o madeiro em que o Filho de Deus  foi crucificado, considerado-o como um instrumento de Redenção, símbolo vivificante sob o qual também se constrói a mensagem cristã. Segundo as palavras de São João Crisóstomo, um dos padres da Patrística, a Santa Cruz tem duas faces, a face da morte e a face da Ressurreição. Nesse sentido, quando olhamos para a face de Cristo crucificado na Cruz, vemos a luz da Ressurreição e, com ela,  a alegria da vida eterna.    
Segundo um documento antigo, reproduzindo o discurso de um monge anónimo, a Imperatriz Santa Helena, mãe do Imperador Constantino, teve uma visão celestial em que lhe era ordenado ir a Jerusalém descobrir os Lugares Santos. Com o auxílio de Macário, Bispo de Jerusalém, descobriu o sepulcro de Cristo e, próximo daquele local, três cruzes.  Procurando  perceber qual delas tinha sido a Cruz, foram as três aplicadas sobre o cadáver de um homem. Ao contacto com aquela em que Jesus tinha padecido o homem ressuscitou. Ficou-se, então, a  saber qual tinha sido a Cruz Vivificante  de Jesus. Com ela  Macários abençoou a enorme multidão presente,  que, em uníssono, clamou "Kyrie eléison", expressão que veio a ser adotada por todas as liturgias cristãs "Senhor, tem piedade de nós!" Desde então a exaltação da Cruz está sempre presente no contexto da Paixão de Cristo.


















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