terça-feira, 4 de setembro de 2012

Festa em Honra de Nossa Senhora da Saúde - Missa Campal I

Decorreram, na passada semana, na cidade de Sacavém, as cerimónias em honra de Nossa Senhora da Saúde. O culto à Senhora da Saúde (que não é a padroeira da cidade, sendo esta Nossa Senhora das Candeias ou da Purificação) tem as suas raízes ancestrais na transição do século XVI para o XVII, aquando do surgimento de uma nova epidemia de peste que grassou por Lisboa e arredores, atingindo, de forma particularmente dura, a zona de Sacavém. A quantidade de mortos foi tal que não puderam ser sepultados sob a Igreja Matriz  (para os mais distraídos relembro que o hábito de sepultar as pessoas nas igrejas vem de tempos imemoriais, sendo proibido por decreto governamental apenas em Setembro de 1844, medida que acabou por ser o rastilho para a chamada revolta de Maria da Fonte) pelo que acabaram por sê-lo ao pé de uma pequena ermida (atual capela/santuário) situada junto de uma albergaria de peregrinos e/ou hospício  para leprosos. Rezam os relatos da época que durante a abertura da primeira vala, para sepultar os defuntos, foi encontrada uma imagem da Virgem com o Menino ao colo. As gentes da terra  entenderam-no como um sinal divino e organizaram uma procissão em Sua homenagem. Segundo os registos disponíveis,  a terrível enfermidade (peste) cessou, a partir desse ato de fé, e a imagem passou a ser venerada como Nossa Senhora da Saúde. De então para cá, anualmente, acontecem os festejos em Sua honra a que se associam, hoje em dia, não só as entidades públicas, como a Junta de Freguesia e os Bombeiros Voluntários de Sacavém, mas, também,  os sacavenenses em geral.
A Missa campal  foi presidida por D. Nuno Brás da Silva Martins, Bispo auxiliar de Lisboa e contou com a participação de inúmeros crentes, cidadãos de Sacavém e das povoações limítrofes.
Uma palavra final para a magnífica performance do Côro Paroquial da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Purificação, cujos cânticos, eivados de uma espiritualidade profunda, acrescentaram uma harmoniosa aura de comunhão e de partilha entre todos os presentes.























































































































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