quarta-feira, 27 de abril de 2011

Quinta-Feira Santa

Realizaram-se, na passada semana, as cerimónias de celebração pascal no âmbito  da Igreja Católica Ortodoxa. Estas cerimónias iniciaram-se na 5ª feira Santa com a presença de João I, Metropolita e Primaz da  Igreja Ortodoxa de Portugal, presença essa que conferiu uma solenidade própria a uma celebração já de si eivada de uma espiritualidade profunda.
Os cânticos de louvor divino tiveram, como habitualmente, neste tipo de ritual, um papel importante no espirito de exaltação que se pretende que envolva todo o cerimonial.
A leitura das Escrituras, relembrou todo o processo que conduziu à prisão de Jesus Cristo pelos Romanos. Rememorou-se a Última Ceia, onde Cristo anúnciou aos seus discípulos que um deles o trairá ("Serei eu Senhor?", "Tu o disseste"), que será negado  até pelos que lhe são mais próximos ("antes de o galo cantar tu me negarás três vezes Pedro") e, simbolicamente, lhes ofereceu a sua carne o seu sangue, símbolo da Nova Aliança entre Deus e o Homem. Fez-se referência à posição de algum clero judaico, (citando de cabeça Caifás e Anás),  o determinante papel de Judas Iscariotes entregando o Filho do Homem, aos seus algozes, com um beijo e a frase, em aramaico, proferida por Cristo no cúmulo da sua agonia na cruz ("Eli, Eli, lama Sabtchani", "Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?"), cuja força cósmica e teológica rasgou os tempos, reafirmando em cada eco a dupla dimensão, divina e humana, de  Jesus.
Em relação ás imagens, de cima para baixo: 

João I Metropolita e Primaz de toda a igreja orotodoxa portuguesa abençoa a assembleia de fieis com o Triquérion (castiçal de três velas que simboliza a Santíssima Trindade) e o Diquérion (castiçal de duas velas que representa dupla natureza de Jesus Cristo.)  Coro entoando belos hinos de louvor divino. Arcebispo D. Theodoro confessando um dos fieis.
Fieis ortodoxos assistindo e participando na celebração.
Leitura da Epístola antes da proclamação dos Evangelhos, por um clérigo menor.
Metropolita João I faz publicamente a ablução das mãos como sinal de purificação antes da Consagração dos Dons sobre o altar.
Apresentação do Santo Cálice onde se encontram o Corpo e o Sangue de Cristo, antes de serem ministrados, através da comunhão, aos fieis. 
Após a comunhão dos fieis o Evangeliário (Livro dos Evangelhos) é colocado sobre o Altar, para o abençoar e nele repousar antes da benção final;
 Os diáconos beijam as mãos, com reverência, do Metropolita, que abençoa o Povo de Deus com o Triquérion e o Diquérion.

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