domingo, 20 de fevereiro de 2011

Eu pecador (a) me confesso


A complexa relação entre o homem e o divino estabelece-se de múltiplas formas, que ultrapassam a sua glorificação cantada ou a reflexão intimista. Algumas dessas formas apenas são possíveis após o auto reconhecimento, perante um mediador, da condição imperfeita do ente que crê e, por conseguinte, de um percurso de vida pleno de erros, exposto através da confissão (associada, ou não, a uma equivalente proposta de expiação).

Nesta foto, atente-se, uma vez mais, na postura corporal, a cabeça ligeiramente inclinada em sinal claro de erro, no posicionamento das mãos, no traje negro, onde o uso do véu, tradição corintiana, já perdida na evolução dos tempos e dos costumes da Igreja Católica Romana, nos transmite a sensação de um equilíbrio instável entre a honra e dignidade da crente, e a necessidade premente de uma confissão e expiação. Em relação a esta fotografia,  por razões que prendem com questões de autorização, ou falta dela, e pela necessidade de não colocar em causa as pessoas que nela estiveram (ou não) envolvidas, não me permito revelar o local onde foi obtida.

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