Em Janeiro dei conta à Dª Ermelinda do meu desejo de, este ano, escrever um livro sobre a Peregrinação a Fátima. A ideia inicial seria integrar este acontecimento nos grandes movimentos de caráter espiritual/religioso que cruzaram o tempo histórico. Iniciaríamos com o Mito de Guilgamesh, atravessaríamos o grande poema épico hindu, o Mahabharata, seguiríamos mais para oriente e acompanharíamos Sidarma Gautama e o primeiro estado de Buda, abriríamos, com Moisés, as portas do Exôdo e caminharíamos com o povo hebreu pelo deserto, algures entre o Monte Sinai e o Mar Vermelho. Daríamos, em seguida, um saltinho a Meca e à raiz da peregrinação muçulmana, para nos determos, finalmente, em Jerusalém, no final do trajeto errante iniciado por Jesus Cristo em Belém... O passo seguinte seria ouvir-vos sobre o significado profundo que esta peregrinação tem para cada um, sintetizá-lo e integrá-lo no espírito dos movimentos religiosos atrás referidos.
Rapidamente percebi que este projeto seria inviável. Por um lado era demasiado académico e não era esse o meu público-alvo. Por outro a impossibilidade, real, de falar convosco "on the road". Sobrou a ideia, e a vontade, de escrever e assim o fiz, não em livro, mas no espaço virtual... Não podendo beber das vossas ideias e dos vossos pensamentos e sentimentos, acabei por partilhar a minha própria experiência e a forma como vi e vivi esta Peregrinação... Quem sabe se, para o ano, com a ajuda da vossa forma de ser, de estar e de sentir, a ideia de passar esta extraordinária experiência para o papel não se torna realidade...
Não quero terminar sem deixar umas palavras de agradecimento. Em primeiro lugar à organização... Esteve excelente, como habitualmente... Muito obrigado Dª Ermelinda, Dª Rosa, Dª Helena e à esposa do Sr. Sousa Pais que também colobarou em diversos momentos ao longo dos dias...
Em segundo lugar a todos vós, Caminhantes, pela possibilidade que tive de, convosco, partilhar esta experiência impar...
Em terceiro lugar a Nossa Senhora de Fátima, pela forma como me tem acompanhado, especialmente nos momentos menos bons, quando o coração se torna pequenino e uma pedrinha de sal fica rodeada de cristal líquido no canto dos olhos... A Sua palavra, serena e sensata, ajuda-me a perceber as causas profundas que explicam esses momentos e a melhor forma de os superar... Por isso mesmo peço-Te, uma vez mais, que protegas todas as pessoas que são importantes para mim... independentemente do seu grau de importância... E... porque a minha confiança em Ti é absoluta... protege, com particular atenção e carinho, quem... continuamente... me desilude... e me magoa... Se tem que ser assim... assim seja...
No final desta longa jornada... perante Ti... me ajoelho... e me entrego... hoje... como ontem... como sempre... Nossa Senhora de Fátima...
No final desta longa jornada... perante Ti... me ajoelho... e me entrego... hoje... como ontem... como sempre... Nossa Senhora de Fátima...
Olá Zé Carlos.
ResponderEliminarTive oportunidade de acompanhar as suas cronicas sobre a nossa peregrinação a Fátima e achei-as deliciosas e bem demonstrativas de alguém que dá sentido à sua vida através da sua fé, não deixando aproveitar todas as oportunidades para crescer na fé e na vida à luz dos valores que deveriam ser apanágio de todo o ser humano.
PARABÉNS e um abraço de respeito e admiração pelo seu trabalho profissional e pela excelente pessoa que é.
Até à próxima e que Nossa Senhora lhe sorria ao longo de toda a sua vida.
Humberto Fernandes
Boa tarde Sr. Humberto
ResponderEliminarMuito obrigado pelas suas palavras que, naturalmente, sabe sempre bem ler. Relativamente ás crónicas, elas só foram possíveis porque, em muitos momentos, vos tinha ali a meu lado enquanto fonte inspiradora. Daí o meu agradecimento a todos vós também.
Um abraço e que Nossa Senhora o proteja a si aos seus.
Atenciosamente
José Carlos Brígida