Não estava à espera que tu acontecesses na minha vida... Não estava preparado para tal... Julgava estar protegido contra este tipo de situações... mas... afinal... não estava... Ainda me tentei convencer de que era apenas um engano... um mal-entendido... uma fantasia... uma ilusão... mas não era... Quando percebi quão fundo tinhas penetrado no meu coração... tive medo... Ainda tentei ignorar esse sentimento... recalcá-lo... escondê-lo... primeiro de mim mesmo... depois de ti... Não resultou... Cada vez que te via... era como se aquela chama que tinhas aceso... e que eu julgava extinta... se reacendesse cada vez vez com mais força... mais potência... mais paixão... Um olhar teu (nesse tempo remoto... em que ainda olhavas para mim) significava o mundo... Um sorriso... abria-me as portas do céu... A tua beleza... a tua graça... o teu charme... toda essa ternura que está contida em ti... e que tu reprimes... enfeitiçaram-me... mais e mais... sem que eu conseguisse evitar que este sentimento se tornasse cada vez mais forte... Bem o tentei... Fugi... uma... duas... três vezes... mas... em todas elas... tive saudades tuas... e voltei... Tentei ignorar-te... mas... não consegui... Ignorar-te dói-me mais a mim... do que a ti... Gostava de ter a capacidade que tu tens de me ignorar... para poder fazer o mesmo... Não... não gostava... Prefiro ser assim... Prefiro ser incapaz de te ignorar... Prefiro ser incapaz de virar a cara para o outro lado... Prefiro ser incapaz de estar muito tempo sem te ver... mesmo sabendo que é um esforço inglório... Prefiro ser incapaz de deixar de gostar de ti... Gostar de ti... é uma experiência fabulosa... é um desejo (quase) irreprimível de te acarinhar... é sentir uma alegria incontida... uma vontade enorme de subir montanhas... atravessar desertos... rastejar em charcos... apenas... e só... para te ver... ao longe...
9/12/12
9/12/12
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