A peregrinação a Fátima iniciou-se pelas 5 horas da manhã, no jardim de Sacavém, em frente ao antigo Batalhão de Adidos. Éramos 12, como os apóstolos, e transportávamos connosco um mundo de fé e de esperança. O caminho até Vila Franca de Xira decorreu sem grandes motivos de realçe, a não ser um pingo ou outro, mais teimoso, como que a saudar a transição da Estremadura para o Ribatejo. Com o Tejo por companheiro, alcançámos a terra das festas do Colete Encarnado onde o restante grupo (que anteriormente já tinha feito este percurso inicial) se nos juntou. Daí a Castanheira do Ribatejo, onde almoçámos, foi um pulinho. Após a refeição, pernas a caminho até à Azambuja, onde pernoitámos. Este primeiro dia é, sempre, um dia de adaptação a uma nova realidade, um momento de interiorização e de consciencialização daquilo que realmente somos: Caminhantes da Senhora de Fátima. Este processo interior foi-me particularmente penoso. O acumular de falta de horas de sono, ao longo de vários meses, rapidamente veio ao de cima e senti-me completamente exasuto quase desde os primeiros quilómetros. Como aprendi o ano passado, restou-me apenas cerrar os dentes, apelar a toda a força interior que convosco partilho e, sem grandes alardes, sem grandes queixumes, chegar convosco à Azambuja. Algumas imagens deste primeiro dia:
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