A parte da tarde, do quarto dia, iniciou-se com um momento particularmente sublime de agradecimento e prece à Senhora de Fátima. Num singelo momento de oração agradeceu-se a presença da Senhora, e as preces de todos os Caminhantes, no agarrar da vida do pequeno Tomás e pediu-se a intervenção da Senhora e das preces de todos, pelo irmão de uma das Caminhantes. Foi um momento particularmente emocionante que não deixou ninguém indiferente. A seguir à cerimónia voltámos à estrada e à parte final do nosso caminho. A chegada a Fátima é, sempre, um momento especial. Representa a vitória sobre as dificuldades, o sofrimento, a dúvida, o asfalto, as dores, a vitória sobre nós mesmos e a imperfeita condição humana que transportamos. Estes momentos, especialmente, os que medeiam entre a entrada em coluna (este ano em silêncio) até ao Santuário e a veneração simbólica de Nossa Senhora, revestem-se de um um particular simbolismo que cada um vive de forma intensa e pessoal, que passam, inevitavelmente, por um momento intemporal de saudação, evocação e adoração da Senhora de Fátima. É a busca interior da tal aproximação à dimensão mais íntima do divino, num movimento de entrega, de comunhão e de êxtase. Após este momento cada um dos Caminhantes colocou uma rosa branca em oferenda a Nossa Senhora. No final saudaram-se, emocionados, e lágrimas de cristal rolavam, lentamente, pelos rostos comovidos.
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