sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Auto-Retrato - Eu sou um sem-abrigo II

Este artigo visa, apenas, divulgar uma segunda série de imagens do projeto de Auto-Retrato "Eu sou um Sem-Abrigo". Uma vez mais os meus agradecimentos ás pessoas que tornaram possível este projeto e que nele colaboraram.





























































































sábado, 25 de agosto de 2012

CNO do Exército - Júri de certificação do secundário F-1

Decorreu, na passada 5ª feira, no Centro de Novas Oportunidades do Exército, no Instituto Pupilos do Exército, o júri de certificação do ensino secundário  F-1. Uma sessão de júri histórica uma vez que, em teoria, seria a última levada a cabo por este Centro. No entanto, face ás últimas diretrizes da ANQ (Agência Nacional para a Qualificação), que prolonga a atividade de todos os CNO até 31 de dezembro do corrente ano, poderá não ter sido, de facto, o último. Foi-o (histórico, naturalmente) para todos os formandos que tiveram a oportunidade de apresentar, perante os membros do júri, o conjunto de competências pessoais e profissionais, adquiridas ao longo da  vida e espelhadas na sua autobiografia. A qualidade que cada um dos portfólios reflexivos de aprendizagem mostrou permitiu que estes formandos obtivessem a merecida certificação do ensino secundário (12º ano). 
Ao longo da sessão foi reafirmado, por diversas vezes, o elevado nível qualitativo dos trabalhos exigidos, o que só valoriza, ainda mais, o percurso efetuado e a certificação obtida. Realçar apenas que esse nível de exigência é aquele que carateriza o ensino no Instituto Pupilos do Exército em particular e a formação no Exército em geral.   
É de realçar que, neste júri estiveram presentes alguns formandos que frequentaram o processo ao abrigo da parceria estabelecida entre o Centro de Novas Oportunidades do Exército e duas empresas de ponta: a Manutenção Militar e a Carris. 
Resta-me felicitar  todos os meus formandos (e os que o não foram também, naturalmente)  pela conclusão do processo, esperando que não cerceiem a enorme potencialidade que reconheço a cada um de vós e sigam rumo a níveis mais elevados de certificação.






























































































domingo, 19 de agosto de 2012

Auto-Retrato - Eu sou um sem-abrigo I

Ao fim de algumas décadas de existência, quando começamos a olhar a vida, o mundo, enfim... o nosso próprio ser, de uma outra forma, impõe-se a necessidade de fazer um balanço ao que fomos, ao que temos, ao que somos, perspetivando, eventualmente o que seremos. Este balanço pode ser realizado de múltipla formas, de um fôlego só, do tipo "já está", ou em diversos momentos espaçados no tempo. Seja qual for a modalidade adotada, ela supõe, sempre, um auto-retrato. Assim decidi começar a esboçar o meu auto-retrato a partir de uma  auto-análise à minha posição/situação de ser-no-mundo. Esta auto-análise é completamente independente de quaisquer relacionamentos em concreto, que diariamente mantenha nos diversos domínios seja ele privado, profissional, institucional ou macro-estrutural (oba, onde é que eu já li isto????). Tal significa que tudo o que é escrito neste artigo não pretende pôr em causa nada nem ninguém. É apenas a expressão da minha relação com o Cosmos, a forma como interiormente me sinto em relação ao que realmente "faço aqui". Nessa medida, sendo absolutamente sincero, tenho que assumir a condição de peregrino errante pelas estradas empoeiradas do Universo, em busca sabe-se lá de quê... ou de quem...  Sentido essa como a minha verdadeira condição, o auto-retrato teria que ser desenhado a partir de um movimento errante e que melhor errância do que aquela que me levou a um percurso nómada, pelas franjas da sociedade "civilizada". Fiz-me à estrada e deixei-me cair na condição de sem-abrigo. Foi um percurso a solo, recorrendo única e exclusivamente à minha rusticidade, à minha capacidade de adaptação ao meio e à determinação que lhe está subjacente.
Não tenho grandes histórias para contar relativamente ao percurso em concreto, no terreno. Não procurei confrontos, testei apenas, em alguns momentos situações-limite. Por exemplo, parar em frente a uma mesa de uma esplanada, onde um casal tomava um frugal refeição. Fiquei a uns 5 metros da mesa, olhando fixamente, em silêncio, um dos pratos.  Foram apenas meia dúzia de segundos até ambos os rabos se começarem a mexer nas cadeiras, desconfortáveis, e os braços sub-repticiamente se movimentarem em proteção dos pratos "não vá aquele maltrapilho atirar-se a eles como gato a bofe".  Foi também curioso ver como as pessoas se afastavam quando me dirigia a elas, especialmente se segundos antes tinha dado um longo gole da minha garrafa de vinho (cheia de descafeinado). Foi interessante coabitar com o cheiro a lixo que,  a certa altura, já quase se não sente enquanto tal. Foi ainda mais interessante ver pessoas que me conhecem relativamente bem passar por mim sem me reconhecerem (Bom dia Dª Celeste). Finalmente gostaria de referir algo verdadeiramente assustador: a infinita sensação de liberdade. Não há horas, não há regras, há apenas a liberdade de fazer aquilo que quero, quando quero, como quero.  A minha mãe foi durante alguns anos a assistente social da Santa Casa da Misericórdia responsável pelos sem-abrigo de Lisboa cidade. Costumava dizer que não adiantava muito tirar um sem-abrigo da rua e entregá-lo à família ou colocá-lo num lar. No dia seguinte já tinham fugido e regressado à rua. Pois é mãe (onde quer que esteja e acredito que está onde merece), a culpa é desta avassaladora sensação de plena liberdade.  
Duas breves notas finais. A primeira para referir que o símbolo que usei para este percurso nómada, para esta experiência no lado de fora das nossas casas, foi uma carta do Tarot. Eu sei que não se deve escolher cartas neste baralho. As que saem,  saem. Neste caso, forcei o baralho e fui buscar a carta que queria e que estava representada na minha T-shirt: a carta XII, o Enforcado, " aquele que está enganado, perdido, desorientado..."
A última nota é um agradecimento a todas as pessoas que colaboraram comigo neste trajeto. As que me aturaram a ideia, as que me fotografaram, algumas escolhidas aleatoriamente na rua, outras nem por isso e, no fundo, a todas as pessoas que comigo interagiram, nem que fosse afastando-se e... não... não quero mesmo atirar-me a esse bife com batatas fritas... tenho que ter cuidado com o colestrol...

























































































terça-feira, 7 de agosto de 2012

CNO do Exército - Júri de certificação do secundário F-2

Decorreu, durante a passada semana, no Centro de Novas Oportunidades do Exército, no Instituto Pupilos do Exército, o júri de certificação do ensino secundário  F-2. Neste o evento os formandos  tiveram a oportunidade de apresentar, de forma sintética, perante os membros do júri, o conjunto de competências que, trabalhadas e articuladas com a respetiva história de vida, lhes permitiram obter a certificação do ensino secundário.
Com este júri termina a parceria estabelecida entre o Centro de Novas Oportunidades do Exército e a empresa farmacêutica Merck- MSD. Neste âmbito não posso deixar de realçar, e publicamente elogiar, a postura da empresa que, tendo tomado a decisão de encerrar a sua fábrica em Portugal, proporcionou, a todos os seus trabalhadores, a possibilidade quer de obterem certificações escolares como a que damos conta neste artigo, quer formações técnicas específicas de nível intermédio e superior de forma a que  cada um deles disponha das ferramentas adequadas a um rápido reingresso no mercado de trabalho. Tão diferente da postura de alguns empresários da nossa praça que pouco se importam com as consequências pessoais e sociais dos seus trabalhadores, avisados hoje de que foram despedidos ontem. Enfim...
Parabéns a todos os meus formandos pela conclusão do processo com os votos de que a enorme potencialidade que demonstram vos conduza a novos patamares de certificação. 












































sábado, 4 de agosto de 2012

Raksha Bandhan

Decorreu na passada quinta-feira, no templo de Radha Krishna, a Raska Bandhan. Esta cerimónia, liderada pelo Sacerdote do Templo, Niteshkumar Trivedi, tem as suas raízes na civilização védica, e visa celebrar o amor entre irmãos (ãs). Este amor fraternal tem a sua exteriorização na pulseira sagrada (Rakhi) que o sacerdote (desempenhando, neste caso concreto, o papel de irmão espiritual) coloca à volta do pulso de cada um dos fieis.