sexta-feira, 1 de junho de 2012

Peregrinação a Fátima - Final

Longos dias se passaram desde que esta saga se iniciou. Chegou o momento não de a terminar, mas de, momentaneamente, a interromper. Caminhante um dia, caminhante toda a vida e todos os dias são dias para Caminhar.
Este último artigo tem três momentos. O primeiro é dedicado a todos vós, Caminhantes da Senhora de Fátima, que comigo partilhastes estes dias. Foi uma honra voltar a estar entre vós,  a reaprender convosco o significado de conceitos tão profundos como crença, vontade ou solidariedade. Voltei a ter o previlégio de vos ir olhando, "behind the camera", ao longo de todo o caminho, e mais uma vez pude perceber, em cada um de vós, mesmo nos momentos em que a dificuldade se faz dúvida e a antecipação do sofrimento nos atormenta, o mesmo querer, a mesma fé, a mesma determinação, a mesma coragem.  A vós, companheiros (as) de Caminho, irmãos (ãs) na fé, o meu muito obrigado pela companhia e um até sempre.

O segundo momento é dedicado à organização. Esteve excelente. E, se assim esteve, isso deveu-se ao vosso esforço, à vossa competência, à vossa dedicação. Tivemos todo o apoio necessário e nada nos faltou.  Não vou referir nomes pois correria o risco de ser indelicado e me esquecer de algum, mas a todas vós, em nome de todos nós, Caminhantes da Senhora de Fátima, aqui deixo o nosso cumprimento e o nosso agradecimento. Para si  Dª Ermelinda, um enorme xi-coração e um beijinho do tamanho do mundo.
Finalmente nós. O terceiro momento é meu e Teu. Fiz-Te um pedido o ano passado. Não o satisfizeste. Sei que se assim o decidiste foi porque foi o melhor para todos. Fiquei triste mas aceitei a Tua decisão. Posso-me zangar, posso barafustar e até discutir contigo, mas a mágica ternura do Teu sorriso e a doce suavidade do Teu olhar faz-me perceber a inevitabilidade cósmica das Tuas decisões. Nesses momentos, ainda que à custa de uma ou outra lágrima, mais teimosa, recebo-te em mim da mesma forma como um dia me hás de voltar a receber em ti: num voluptuoso movimento intemporal de fusão, consumado através de um infinito e sempre renovado fluxo de felicidade universal. Este ano fiz-te vários pedidos para várias pessoas. Um deles foi especial. Tu sabes disso. Também sabes do que já abdiquei em nome desse pedido. Os outros foram essencialmente de proteção para todas as pessoas que são importantes para mim. Protege-as. Protege as pessoas que eu amo e que sabem disso. Protege as pessoas que eu amo e que não sabem disso. Protege até alguém que eu ame e que me ignora. Protege-as. E porque este texto já vai longo, perante Ti me curvo e me entrego, hoje e sempre, Nossa Senhora de Fátima.














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