Decorreram, nos passados dias 25 e 27 de Maio, as comemorações do 101º aniversário do Instituto Pupilos do Exército. No primeiro dia as cerimónias incidiram na entrega de condecorações e prémios diversos a militares e civis do IPE. Este evento, que contou com a presença do deputado europeu Nuno Melo, foi presidido pelo Sr. Major General Diretor do IPE.
No segundo dia ocorreu a habitual formatura e posterior desfile, dos alunos do Instituto, na Praça dos Restauradores e no Rossio, perante o Sr. Tenente General CID que presidiu às cerimónias. A este desfile seguiu-se a Liturgia celebrada pelo Ex-Capelão do IPE na Igreja de São Domingos.
As cerimónias de domingo, públicas e, por isso mesmo, abertas a pais, professores, ex-alunos e à população em geral, revelaram que o espírito pilão é transversal aos diferentes setores políticos, económicos e sociais da sociedade portuguesa e que, por isso mesmo, se confunde com a mais genuína tradição lusitana. Instituição de vanguarda na educação e formação dos melhores filhos da pátria, com níveis de qualidade acima da média o Instituto Pupilos do Exército é, mais do que uma escola, uma referência, mais do que um estabelecimento militar, uma bandeira. Neste sentido, a profunda interacção que se estabelece entre o IPE e as sucessivas gerações de uma Nação em permanente evolução, espelha a sua importância para a sobrevivência de um espírito pátrio dinâmico, ousado e prospetivo, numa linha de continuidade não só com os grandes empreendimentos históricos dos séculos XV e XVI, como também, com o que será necessário para enfrentar os desafios que, nos anos vindouros, se adivinham. Em tempos de incerteza e indefinição em que, se corre o risco de ver a racionalidade política e económica sobrepôr-se aos ratios de qualidade e aos valores éticos e culturais ancestrais, muito mais do que as milhares de pessoas presentes, foi a alma lusa, ecoando desde os Montes Hermínios, e o sangue português derramado de São Mamede a Ourique, dos Atoleiros a Aljubarrota, do Vimeiro ao Buçaco, em La Lys, nas selvas da Guiné ou nas xanas do Norte e Leste de Angola, que, naquela manhã, gritaram a plenos pulmões: IPE, IPE, IPE.
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