Decorreu ontem, na Catedral de São Martinho de Dume, a Procissão dos Santos Ícones. A cerimónia, que acontece no primeiro domingo da Quaresma Ortodoxa, foi dirigida por D. Theodoro, Arcebispo Ortodoxo de Évora e Setúbal, e evocou o chamado "Triunfo da Ortodoxia" contra a corrente iconoclasta, caracterizada pela oposição radical a toda qualquer forma de veneração de ícones.
Esta corrente iconoclasta foi iniciada em 730 pelo imperador bizantino Leão III e foi responsável pela destruição de inúmeros ícones, bem como diversas outras formas de representação pictórica, como frescos, pinturas, livros com gravuras e outras obras de arte relacionadas com a fé cristã. O princípio que subjazia a esta doutrina era o de que os ícones não eram senão ídolos e, por isso mesmo, a sua veneração era pura idolatria.
Esta corrente iconoclasta foi iniciada em 730 pelo imperador bizantino Leão III e foi responsável pela destruição de inúmeros ícones, bem como diversas outras formas de representação pictórica, como frescos, pinturas, livros com gravuras e outras obras de arte relacionadas com a fé cristã. O princípio que subjazia a esta doutrina era o de que os ícones não eram senão ídolos e, por isso mesmo, a sua veneração era pura idolatria.
Em 843, durante a sua regência, a Imperatriz Teodora proclamou a legitimidade do caráter sacramental dos ícones, entendidos como portadores da graça de Cristo, recuperando, assim, a legitimidade da veneração das imagens de santos, conforme tinha sido aprovado no Segundo Concílio de Niceia, em 787. É esse marco histórico que é relembrado e celebrado pela Procissão dos Santos Ícones.
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