Decorreu, no passado mês de Setembro, a Ganesh Visarjan. A cerimónia, como habitualmente, teve o seu início no Templo de Radhna Krishna e foi concluída no rio Tejo, para onde a estátua do Deus Ganesh foi levada a fim de ser imersa. Este ritual simboliza, por um lado, a longa viagem de Ganesh até atingir o monte Kailash, morada de seus pais Shiva e Parvati, levando consigo os infortúnios dos seus devotos e, por outro, o momento da desintegração da estátua, após a sua imersão, que aponta para a relação metafórica entre a precaridade da nossa condição humana, e de tudo o que é físico em geral, e a permanência eterna do Espírito, que, no Hinduísmo, é simbolizada por Brahman, o Principio Divino, não individualizado, neutro e, por tudo isso, não predicável, que emerge na passagem do Imanifestado à Manifestação.
Sem comentários:
Enviar um comentário