Na 5ª feira realizou-se, no Pavilhão Multiusos da Junta de Freguesia de Sacavém, uma conferência subordinada ao tema "Fé e Família" que teve como orador o Rev. Cónego Francisco José Tito Espinheira, Vigário Geral do Patriarcado de Lisboa.
Na sua alocução o Sr. Cónego recordou que o nosso primeiro ato de fé é na família e nos seus membros (de que é exemplo inquestionável que o pai é pai) e é, também, no seu seio que encontramos a nossa identidade primária, configurada na associação de um rosto a um nome e ao conjunto próximo de relações que nos transmitem o conforto e a segurança necessárias para irmos, paulatinamente, construindo a nossa relação com o mundo.
No desenvolvimento do nosso ser-no-mundo, enquanto ser-em-relação, tem uma importância fundamental a mundividência e os valores que vão sendo transmitidos, no seio da família, para que cada um dos seus membros possa contribuir, de forma concertada, para a construção da sociedade universal que todos desejamos. Neste sentido cada membro da família é responsável pelos restantes, dele se esperando um movimento interativo e intersubjetivo de cooperação e de transmissão dos princípios da Fé associados à ação prática, que permitam uma praxis quotidiana de permanente intervenção reedificadora do mundo.
O mundo, tal como o conhecemos, não sobrevive sem a presença da família, como suporte institucional a partir do qual se vai autoregenerando a cada momento. Desta forma é na desmultiplicação relacional da família, quer horizontal (com as outras famílias e restantes instituições em geral) quer vertical (com qualquer forma de espiritualidade e, no limite, com Deus), que o mundo encontra um princípio de identidade estrutural por entre os (por vezes convulsivos), movimentos internos que, constantemente o abalam.
Na sua alocução o Sr. Cónego recordou que o nosso primeiro ato de fé é na família e nos seus membros (de que é exemplo inquestionável que o pai é pai) e é, também, no seu seio que encontramos a nossa identidade primária, configurada na associação de um rosto a um nome e ao conjunto próximo de relações que nos transmitem o conforto e a segurança necessárias para irmos, paulatinamente, construindo a nossa relação com o mundo.
No desenvolvimento do nosso ser-no-mundo, enquanto ser-em-relação, tem uma importância fundamental a mundividência e os valores que vão sendo transmitidos, no seio da família, para que cada um dos seus membros possa contribuir, de forma concertada, para a construção da sociedade universal que todos desejamos. Neste sentido cada membro da família é responsável pelos restantes, dele se esperando um movimento interativo e intersubjetivo de cooperação e de transmissão dos princípios da Fé associados à ação prática, que permitam uma praxis quotidiana de permanente intervenção reedificadora do mundo.
O mundo, tal como o conhecemos, não sobrevive sem a presença da família, como suporte institucional a partir do qual se vai autoregenerando a cada momento. Desta forma é na desmultiplicação relacional da família, quer horizontal (com as outras famílias e restantes instituições em geral) quer vertical (com qualquer forma de espiritualidade e, no limite, com Deus), que o mundo encontra um princípio de identidade estrutural por entre os (por vezes convulsivos), movimentos internos que, constantemente o abalam.
O príncipio de identidade que regula o mundo, no seu
movimento evolutivo, tem, pois, a sua matriz, no mesmo paradigma
referencial para que cada família tende, que não é senão a Santíssima
Trindade, em que três Pessoas, fundidas numa só, buscam a sua identidade
a partir de uma Unidade essencial. Esta Unidade dinâmica, desenhada
através de uma teia de relações entre as diferentes Pessoas da Trindade,
tem, na sua génese, o ato gratuito de Amor divino consubstanciado na
própria Criação.
Da mesma forma que cada uma das Pessoas da Trindade só o é em relação a cada uma das outras (Pessoas), cada membro da família consanguínea, ou social, só o é em relação ao(s) o(s) outros(s) membro(s), relação essa que supõe a interiorização daquele Amor inculcado pelo espírito de Deus no nosso coração, no primeiro movimento Criador. Daí a importância da Fé, enquanto capacidade de nos relacionarmos com o mundo da mesma forma com que Deus com ele se relaciona, ou seja, tendo o amor como substrato fundamental a partir do qual se torna possível caminhar de mãos dadas em prol de uma sociedade cada mais próxima dos ideais cristãos.
Da mesma forma que cada uma das Pessoas da Trindade só o é em relação a cada uma das outras (Pessoas), cada membro da família consanguínea, ou social, só o é em relação ao(s) o(s) outros(s) membro(s), relação essa que supõe a interiorização daquele Amor inculcado pelo espírito de Deus no nosso coração, no primeiro movimento Criador. Daí a importância da Fé, enquanto capacidade de nos relacionarmos com o mundo da mesma forma com que Deus com ele se relaciona, ou seja, tendo o amor como substrato fundamental a partir do qual se torna possível caminhar de mãos dadas em prol de uma sociedade cada mais próxima dos ideais cristãos.
Relembrou o Sr. Cónego Francisco Espinheira que as relações de sangue se articulam familiarmente em laços de amor e que a família cristã não pode estagnar sobre rotinas já estéreis e fórmulas vazias de sentido, mas que, enquanto aliança esboçada sobre o amor de Deus, deve ser proativa na busca de uma cada vez maior perfectibilidade, objetivo último do casamento e de toda as outras modalidades de união afetiva, de forma a que cada um dos seus membros possa atingir a maturidade de Cristo conforme a Carta aos Efésios, 4, 13.
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