
Essa atividade evangélica teve como um dos elementos mais estruturantes, a figura de Maria que, preservada do Pecado Original por intervenção divina, aliou a essa graça a virtude pessoal de uma fé total e exemplar, modelando, assim, a imagem da própria Igreja emergente. Neste contexto Maria é unanimemente reconhecida como a mais perfeita imitação de Cristo e a pedra basilar do Templo de Deus, com o qual é, muitas vezes, identificada. Esta plena identificação tem a ver, não apenas com a Mãe de Deus no sentido teológico do termo, mas com a própria figura de Maria no seu percurso terreno, uma vez que foi modelo de quem sabe ouvir, acolher e proclamar, com a verdadeira Fé, a palavra de Deus. Ora, esta é uma missão específica da Igreja: escutar, acolher e proclamar a Palavra de Deus como Pão da vida. Sendo imagem da Igreja e Templo de Deus, Maria é também entendida como Arca da Aliança uma vez que assim como a Arca guardou as Tábuas da Lei e o pão descendo dos céus, Ela guardou, dentro de si, Cristo, a nova Lei e o Pão que dá a vida eterna, e que permitiu estabelecer a renovada Aliança, eterna e definitiva, entre Deus e os homens.


Sem comentários:
Enviar um comentário