Decorreram no passado Domingo as celebrações da Santa Cruz, na Igreja Católica Ortodoxa. Tais celebrações que ocorrem, sempre, no terceiro Domingo da Quaresma, procuram relevar o papel fundamental da cruz no processo de morte e ressurreição de Cristo. Até então, morrer na cruz era considerado algo de profundamente indigno, a mais abjecta das mortes. Morrer por decapitação, por exemplo, era mais nobre do que morrer crucificado. A partir da morte de Cristo, e da Sua Ressurreição, a cruz ganha uma conotação diferente e passa a simbolizar a dimensão mais sublime do divino, pois representa a íntima interacção entre a Postedade Altíssima feita homem e a mais degradante expressão da condição humana. Nessa interacção reside o verdadeiro fundamento da religião cristã.
Reza a lenda que a Imperatriz Santa Helena, acompanhada de Macários, Bispo de Jerusalém, procurou e encontrou o madeiro, feito cruz, onde Cristo foi crucificado. Tendo sido encontradas três cruzes juntas, o Bispo colocou um cadáver sobre cada uma dessas cruzes. Ao tocar a cruz de Cristo, o cadáver terá voltado imediatamente à vida, como um sinal inequívoco de qual era a Cruz Vivificante.
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