sábado, 30 de abril de 2011

Sexta feira Santa - Parte I

As cerimónias pascais de Sexta Feira Santa, na Igeja Católica Ortodoxa, tiveram uma vez mais a presença do Metropolita Primaz João I. Esta noite foi particularmente dedicada à evocação do julgamento e morte de Cristo. Do pedido da multidão para que soltasse Barrabás ao lavar de mãos de Pôncio Pilatos, a leitura das Escrituras serviu de prelúdio ao momento da noite que foi a homenagem a Cristo crucuficado. Num cenário particularmente escuro, cortado, aqui e ali, pelo bruxelear estremunhado de uma ou outra vela,  os fieis fizeram uma procissão em torno do corpo mortalhado do Senhor. Esta procissão representa o Enterro de Cristo, e nela o 1º Celebrante, neste caso o próprio Metropolita, leva o Evangelário, enquanto os Clerígos Maiores seguram sobre a sua cabeça o Epitáfios, que é um tecido rectangular que representa o corpo de Cristo após ter descido ao túmulo. Simultanemante, o Diácono vai-o incensando durante as três voltas da procissão. Logo após cada um se prostrou-se no chão numa atitude de renúnica, de entrega, de paixão. "Aos teus pés me prostro Senhor, partilho contigo o Teu sofrimento." Foi de facto uma cerimónia esmagadora, arrepiante, face à própria envolvência dos fieis, que nos (me) transportou para 1978 anos atrás, a uma noite fria em Jerusalem, quando o corpo de Cristo repousava no túmulo e se sentia no ar que um novo mundo se gerava. Por tudo isto quase me atreveria a dizer: "eu estive lá!"
Em relação às imagens, de cima para baixo:
Dois clérigos menores lêm as Epístolas; o Metropolita João atrás do sagrado Altar ; o Arcebispo D. Theodoro na leitura das Escrituras; panorâmica geral dos clérigos menores e dos fieis; o Metropolita João I abençoa os fieis com o Triquérion e o Diquérion; uma visão geral do ambiente que nos transportou aos tempos do Cristianismo primitivo e aos subterrâneos da Roma de Nero; clérigos maiores lendo as Escrituras e purificando os fieis com o turíbulo; clérigo maior cantando as Escrituras; duas imagens do Metropolita e Primaz João I (segurando o Evangelário) e o Arcebisbo D. Theodoro durante a procissão em torno do corpo amortalhado de Cristo;

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Quinta-Feira Santa

Realizaram-se, na passada semana, as cerimónias de celebração pascal no âmbito  da Igreja Católica Ortodoxa. Estas cerimónias iniciaram-se na 5ª feira Santa com a presença de João I, Metropolita e Primaz da  Igreja Ortodoxa de Portugal, presença essa que conferiu uma solenidade própria a uma celebração já de si eivada de uma espiritualidade profunda.
Os cânticos de louvor divino tiveram, como habitualmente, neste tipo de ritual, um papel importante no espirito de exaltação que se pretende que envolva todo o cerimonial.
A leitura das Escrituras, relembrou todo o processo que conduziu à prisão de Jesus Cristo pelos Romanos. Rememorou-se a Última Ceia, onde Cristo anúnciou aos seus discípulos que um deles o trairá ("Serei eu Senhor?", "Tu o disseste"), que será negado  até pelos que lhe são mais próximos ("antes de o galo cantar tu me negarás três vezes Pedro") e, simbolicamente, lhes ofereceu a sua carne o seu sangue, símbolo da Nova Aliança entre Deus e o Homem. Fez-se referência à posição de algum clero judaico, (citando de cabeça Caifás e Anás),  o determinante papel de Judas Iscariotes entregando o Filho do Homem, aos seus algozes, com um beijo e a frase, em aramaico, proferida por Cristo no cúmulo da sua agonia na cruz ("Eli, Eli, lama Sabtchani", "Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?"), cuja força cósmica e teológica rasgou os tempos, reafirmando em cada eco a dupla dimensão, divina e humana, de  Jesus.
Em relação ás imagens, de cima para baixo: 

João I Metropolita e Primaz de toda a igreja orotodoxa portuguesa abençoa a assembleia de fieis com o Triquérion (castiçal de três velas que simboliza a Santíssima Trindade) e o Diquérion (castiçal de duas velas que representa dupla natureza de Jesus Cristo.)  Coro entoando belos hinos de louvor divino. Arcebispo D. Theodoro confessando um dos fieis.
Fieis ortodoxos assistindo e participando na celebração.
Leitura da Epístola antes da proclamação dos Evangelhos, por um clérigo menor.
Metropolita João I faz publicamente a ablução das mãos como sinal de purificação antes da Consagração dos Dons sobre o altar.
Apresentação do Santo Cálice onde se encontram o Corpo e o Sangue de Cristo, antes de serem ministrados, através da comunhão, aos fieis. 
Após a comunhão dos fieis o Evangeliário (Livro dos Evangelhos) é colocado sobre o Altar, para o abençoar e nele repousar antes da benção final;
 Os diáconos beijam as mãos, com reverência, do Metropolita, que abençoa o Povo de Deus com o Triquérion e o Diquérion.

terça-feira, 26 de abril de 2011

25 de Abril de 2011 - Manifestação

No âmbito das comemorações do 25 de Abril de 1974 ocorreu, esta tarde, uma enorme manifestação de evocação da data e dos príncipios que estiveram (ou não) subjacentes à Revolução dos Cravos. Sindicatos e organizações socio-profissionais, partidos políticos, individualidades mais ou menos públicas e o povo em geral marcaram presença, em mais uma jornada de reivindicação, de protesto, de nostalgia e de festa.  
De cima para baixo, os Homens da Luta, presença habitual nestas andanças; a defesa da condição militar, individualmente e através das organizações socio-profissionais; os profissionais da polícia não quiseram faltar; um grupo de militares de Abril com Vasco Lourenço à direita; BE com Luís Fazenda e José Manuel Pureza, os Verdes com Heloísa Apolónio e o PCP com Bernardino Soares; a JS também marcou presença; os pioneiros de Portugal; um aspecto geral da manifestação, já no Rossio; Vasco Lourenço, o principal orador do evento; cantando Grândola Vila Morena;

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Celebração do Domingo de Ramos

O Domingo de Ramos é celebrado em todo o universo cristão, no domingo anterior ao Domingo de Páscoa. Aquela efeméride exalta os momentos em que Jesus Cristo, cinco dias antes da sua morte, desceu do Monte das Oliveiras em direcção a Jerusalém para celebrar a Páscoa Judaica, montado num pequeno jumento, símbolo máximo da humildade. Uma grande multidão, com ramos de palma, saiu-lhe ao caminho para o aclamar e glorificar, durante o percurso, cumprindo a antiga palavra dos profetas. Este momento de glorificação foi a antecâmera de todo o processo de Paixão e Morte que culminará com a Sua Ressurreição. Um pouco por todo o mundo, no seio comunidade cristã, este momento é revivido e enaltecido, com uma Missa, onde os ramos levados pelos fieis, são benzidos (a benção do ramos), seguindo-se uma procissão que relembra a entrada triunfal de Cristo na cidade onde enfrentará o seu  destino padecente.
As fotografias abaixo referem-se à cerimónia religiosa de Domingo de Ramos na cidade da Amadora.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Sacavenense - Peniche


Realizou-se ontem mais uma jornada do Campeonato Nacional da III Divisão - Fase de Subida. O Sacavenense, ainda a aspirar à subida, recebeu a aguerrida equipa do Peniche, e voltou a ceder terreno. O empate a 0, não aqueceu nem arrefeceu os homens da cidade pesqueira, já sem grandes objectivos que não seja o cumprir calendário. Para a equipa de Sacavém foi praticamente o adeus à miragem da subida à II Divisão B.
Foi um jogo bem disputado, como muito querer, muita raça, mas com pouca clarividência, nomeadamente na hora de desenhar e potencializar as possibilidades de concretização.