segunda-feira, 27 de junho de 2011

Bhagavad Sephta

Decorreu no auditório da  Comunidade Hindu de Portugal o Bhagavad Sephta, cerimónia liderada por Niteshkumar Trivedi, sacerdote do templo de Radha Krishna.
Esta cerimónia, celebrada em nome dos antepassados, visa permitir que a sua alma (desses antepassados, naturalmente já falecidos) se liberte do ciclo das reencarnações e tenha, finalmente, paz.  O evento prolongou-se por sete dias, ao longo dos quais o sacerdote recitou e explicou, por capítulos, o livro sagrado, o SHREEMADH BAGAVATAH. Este livro foi escrito por Vedyas, sacerdote antigo que nele narra (a seu filho) as 24 encarnações dos deuses e dos santos e dos valores éticos e morais a praticar em vida. Neste leitura explicativa está a essência de todo o cerimonial. O sacerdote deve ter a capacidade de criar uma corrente espiritual que o una aos seus ouvintes e lhes permita fruir, em plenitude, a palavra do Livro Sagrado. Nesta união, quase mística, que se estabelece entre todos os presentes, o sacerdote realça a importância de se levar uma vida dentro dos valores ético-morais definidos pelo Livro Sagrado para a, atrás referida, libertação da alma dos antepassados do ciclo das sucessivas reencarnações. Tal acontece apenas quando os seus descendentes põem em prática comportamentos virtuosos que ajudem a ultrapassar aquele ciclo. Está implícita, nesta tradição, uma profunda interacção entre diferentes gerações, através da conexão que se estabelece entre a felicidade plena dos entes queridos já desaparecidos, numa dimensão eterna,  e os ditames de uma vida virtuosa, neste mundo.
Uma breve legenda para as imagens, de cima para baixo:
O momento crucial de toda a cerimónia: o sacerdote em interacção com todos os crentes presentes; o trono com a imagem de cada um dos falecidos e o livro sagrado (a laranja) em baixo de cada foto. A alma de cada um está nos paus que se encontram ao lado de cada uma das fotos; quatro imagens de devotos a orar perante o trono e o Livro Sagrado em representação de Deus;  sacerdote a orar ao Livro Sagrado (a laranja) que tem a mesma importância que Deus; o sacerdote antes de se sentar dá a volta ao trono a pedir a Deus que tenha bons pensamentos e conhecimentos para transmitir; o sacerdote antes de se sentar tem um gesto de saudação e respeito por tudo o que está à sua volta, porque em tudo há a presença de Deus. Quando se senta no torno é como se se sentasse no colo da mãe. Há um instinto maternal ali presente; após as orações ao Livro, é colocado no sacerdote, pelos familiares de um dos falecidos, um sinal na testa, o Tilak e a grinalda com as flores. O sacerdote passa a ter o mesmo estauto da divindade. São três imagens sobre estes momentos; o grupo de músicos que acompanha o cerimonial.  

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Domingo de Pentecostes - Igreja Católica Ortodoxa

Decorreu no passado Domingo a celebração do Domingo de Pentecostes na Igreja Católica Ortodoxa. A cerimónia contou com a presença de João I Metropolita Primaz da Igreja Ortodoxa de Portugal que honrou todos os fieis com a sua participação. A festa de Pentecostes encerra o período da Páscoa e, basicamente, releva a ideia de que  a descida da Santidade Divina visa unir todos os povos em torno do mistério da Trindade. Nesta cerimónia recita-se, de joelhos, uma longa oração de carácter penitencial.
Um pequena legenda para as imagens, de cima para baixo:
Recitação da oração penitencial por João I metropolita Primaz da Igrja Ortodoxa de Portugal; Fiel beijando o Cálice sagrado; fieis orando e cantando;  o Evangeliário (Livro dos Evangelhos) é colocado sobre o Altar, para o abençoar e nele repousar antes da benção final; duas imagens dos fieis acompanhando a oração penitencial; João I na recitação da oração; duas imagens com a entrega de rosas a  clérigos menores, simbolizando o amor e o sofrimento de Cristo; a benção com a Cruz; três imagens com a leitura dos textos sagrados relativos ao Domingo de Pentecostes, em diferentes línguas; fieis assistindo à leitura.




sábado, 11 de junho de 2011

IPE - Cerimónia de Encerramento do Ano Lectivo

Decorreu, na passada 5ª feira, a cerimónia de Encerramento do Ano Lectivo no Instituto Pupilos do Exército. Perante a formatura do Batalhão Escolar o Sr. Major-General Director do IPE proferiu uma breve alocução, de louvor ao esforço dos alunos ao longo do ano lectivo e de incentivo para melhores performances nos anos vindouros. Seguiu-se a distribuição de medalhas de mérito desportivo aos alunos e a entrega de louvores e condecorações a militares do IPE. No final da cerimónia, em parada, o Batalhão Escolar desfilou perante o seu Comandante. Após este desfile seguiu-se o almoço conjunto com alunos, militares, professores e demais pessoal civil.
Uma pequena legenda para as fotos, de cima para baixo: Director do IPE na sua alocução ao Batalhão Escolar; três fotos com alguns professores de Educação Física a entregarem medalhas de mérito desportivo; Director do IPE mostrando a lápide comemorativa de uma classificação no pódio nos campeonatos desportivos escolares; entrega do Troféu General Correia Barreto ao capitão da equipa que venceu os campeonatos desportivos internos; entrega de diploma de louvor à Unidade de Apoio; condecoração de ex-militar com a medalha D.Afonso Henriques 3ª Classe; professora condecorada coma medalha D.Afonso Henriques 2ª Classe; militar condecorado com Medalha de Comportamento Exemplar Grau Cobre; Militar condecorado com a Medalha de Comportamento Exemplar Grau Ouro; desfile do Batalhão Escolar perante o seu comandante; todo o Batalhão Escolar, Direcção, militares, professores e outros funcionários; breves palavras do Director do IPE aos alunos finalistas do 12º ano; imposição do crachá do IPE aos alunos finalistas que, por esse motivo, deixam o Instituto.



quinta-feira, 9 de junho de 2011

Satya Narayan Katha

Realizou-se, no passado Domingo, no Templo Radha Krishna, da Comunidade Hindu em Portugal, a Satya Narayan Katha. Esta cerimónia que contou com a presença de inúmeros crentes, foi conduzida pelo sacerdote Niteshkumar Trivedi, Sacerdote do Templo de Radha Krishna.  O seu principal objectivo foi  mostrar aos crentes o caminho da Verdade. Esta, muito mais do que um conceito obscuro, reservado aos dicionários teológicos e filosóficos, afirma-se pela necessidade da sua presença, no dia a dia de cada um de nós. A Verdade, enquanto caminho para Deus, está aí, à nossa frente, aguardando a nossa disponibilidade para a aceitarmos. Neste sentido é fundamental o papel do sacerdote.  Satya (Verdade) Narayan  (Deus) é representada pela sua palavra (do sacerdote), cujo elevado nível de conhecimento espiritual lhe permite ser o veículo privilegiado da palavra divina. Através dela  transmite aos crentes uma paz interior que lhes possibilita a fuga à volatilidade do mundo e ir ao encontro de Deus, num momento, simultaneamente de reconhecimento (da necessidade da Verdade) e desvelamento (do caminho para a encontrar e seguir). 
Satyanarayan Khata é uma cerimónia realizada por todos os hindus, geralmente nas suas residências, para obter bons resultados no comércio, indústria e outras actividades profissionais. Daí a importância de se caminhar pelo trilho da Verdade.
O simbolismo do cerimonial ganha particular relevância, nos dias de hoje, submergidos que estamos, pelas múltiplas solicitações em que a sociedade e o mundo, a cada momento, nos envolve. Os múltiplos níveis de conforto e prosperidade, o mundo actual (Kali Yuga) nos proporciona, impedem a mente e a alma de alcançarem a paz, algo que só é alcançado pela palavra divina, brotando através do sacerdote, a partir da própria Fonte Primeira. Esta cerimónia iniciou-se como uma homenagem à divindade, num momento eivado de profundo simbolismo, através da leitura dos seus 1000 nomes. À medida que cada nome ia sendo lido os crentes desfolhavam uma pétala em sua honra. Após a leitura e oração Satya Namayan foi feita a homenagem aos deuses, Maha Arti, num momento de rara beleza e de profundo sentimento cósmico de partilha.

Uma breve legenda para as imagens, de cima para baixo:
O sacerdote em profunda interacção com os deuses e os crentes, transmitindo-lhes a palavra divina;  sacerdote preparando o altar onde será feita a oferenda dos alimentos aos Deuses;  sacerdote colocando o Tylak na crente;  Sarcedote colocando um fio, RASKHA (protecção),  no braço direito da crente;  senhora colocando folhas de Tulsi e flores, na mão do marido, para as  oferecer aos deuses;  casal orando aos deuses;  as pessoas tocam na pessoa mais próxima, acreditando que estão perto de Arti  oferencendo rezas e respeito;  duas imagens em que os participantes de Katha estão através da água, a evocar todos os rios sagrados e a dar banho ao deus Ganesha, purificando, assim, o ambiente;  senhoras desfolhando pétalas ao mesmo tempo que eram ditos os 1000 nomes de deus;  senhora lendo os 1000 nomes de deus;   crentes fazendo oferendas aos deuses;  conjunto e músicos que acompanha a cerimónia; oração aos deuses;  oração e homenagem ao deus RADHA KRISHNA;  oração e homenagem à deusa SATI MA; oração e homenagem à deusa AMBA MATAJI; após a passagem do Arti a crente levará as mãos à cabeça mostrando o seu total respeito a Deus;